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NOTÍCIA
Publicado em 30 de Novembro de -1

Comissão da Verdade vem à Seccional em agosto

A OAB/RJ será sede, dias 13 e 14 de agosto, de reuniões da Comissão Nacional da Verdade, em iniciativa conjunta com a Seccional. A agenda foi confirmada em encontro na manhã desta quinta-feira, 12, entre o presidente Wadih Damous e a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, integrante da comissão em visita ao Rio.


Comissão da Verdade vem à Seccional em agosto

Fonte: redação da Tribuna do Advogado
 
A OAB/RJ será sede, dias 13 e 14 de agosto, de reuniões da Comissão Nacional da Verdade, em iniciativa conjunta com a Seccional. A agenda foi confirmada em encontro na manhã desta quinta-feira, 12, entre o presidente Wadih Damous e a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, integrante da comissão em visita ao Rio. Ela manifestou apoio à campanha da Ordem fluminense para transformação de centros de torturas durante a ditadura militar, como o antigo Doi-Codi (Tijuca) e a Casa da Morte (Petrópolis) em memoriais, centros de debates e manifestações culturais de reafirmação dos valores do Estado Democrático de Direito.
 
"Isso é fundamental, nós nos associamos a esta ideia da OAB. Precisamos reinterpretar esses locais de terror, levar aos jovens o conhecimento do que aconteceu na ditadura, com recomendações para o presente e para o futuro. A democracia jamais está garantida”, disse Rosa Cardoso.
 
Wadih, por sua vez, endossou a necessidade de, por meio das lembranças do que aconteceu e da afirmação dos valores democráticos, atuar no combate e na transformação da ideologia do terror que ainda “contamina as forças policiais, como se sabe pelas denúncias de torturas contra presos, pelos autos de resistência que por vezes encobrem execuções”.
 
A advogada também elogiou a formação de uma comissão da verdade própria da OAB/RJ, para recolher informações sobre a atuação da Justiça Militar no Estado do Rio no julgamento de presos políticos durante a ditadura. Wadih explicou que o objetivo é auxiliar e subsidiar o trabalho da comissão nacional.
 
A manhã do dia 13 será dedicada a um encontro com famílias de vítimas da ditadura militar. À tarde, uma mesa redonda reunirá advogados, historiadores e ex-presos políticos para um debate acerca das origens do golpe de 1964, além da futura destinação de imóveis usados na época como centros de torturas. No dia 14, a Comissão de Verdade realiza reunião de trabalho, a exemplo do que fez em São Paulo e Goiânia. “Mas aqui no Rio, não será mais uma. Este foi um estado que sofreu repressão massiva, generalizada, de uma maneira muito particular. Aqui foram usados navios e até um estádio para presos políticos”, lembrou Rosa Cardoso.