Realizado mutirão no Juizado Especial Cível Macaé
Das 7 varas existentes, 4 não têm juízes titulares. E apenas o Juizado Especial Cível está recebendo esse serviço extra.
Estão sendo realizados nesta quinta (12) e sexta (13), no Fórum de
Macaé, um mutirão para acelerar os processos acumulados. Das sete varas
existentes, quatro não têm juízes titulares. E apenas o Juizado Especial
Cível está recebendo esse serviço extra.
Edclei Oliveira espera desde agosto do ano passado a solução de um
processo aberto contra uma loja de eletrodomésticos e, nesta
quinta-feira (12), conseguiu a segunda audiência do caso. Assim como o
caso dele, outros 6 mil processos tramitam no Juizado Especial Cível,
que atende a demanda de pedidos com valores de até 40 salários mínimos.
O mutirão foi pedido pela OAB de Macaé para acelerar o julgamentos de
processos que se acumulam no Juizado Especial Cível. Em dois dias, 120
audiências devem ser feitas. De acordo com a OAB, em Macaé 55 novos
casos chegam ao fórum todos os dias. Ao todo, a estimativa é que receba
100 mil novos processos por ano. De acordo com a presidente da OAB,
faltam juízes para tamanha demanda: a cidade tem sete varas e quatro
delas não possuem juízes titulares.
Um advogado conta que já teve vários clientes com processos atrasados e
para ele, o mutirão, mesmo dando mais agilidade, ainda não é o ideal.
A OAB já entrou com um pedido de providências no Conselho Nacional de
Justiça cobrando a solução dos problemas das varas sem juízes e da falta
de funcionários nos cartórios.
Quanto à reclamação do advogado sobre a qualidade dos mutirões, a
equipe da INTER TV tentou contato por email com o Tribunal de Justiça do
Rio, mas até agora não se teve resposta. Com relação à falta de juízes,
o TJ disse que está realizando concursos, mas o número de candidatos
aprovados tem sido menor do que o necessário. Sobre os julgamentos, diz
que considera o serviço ágil e que mais de um milhão de processos foram
julgados no ano passado em todo estado.