A 15ª Subseção OABRJ, através da sua Comissão de Direitos Humanos, e também da Comissão de Direitos Humanos da Seccional, manifestam repúdio à ofensa racista direcionada a duas jovens que desejavam utilizar o banheiro de um quiosque na Praia do Pecado, em Macaé
A 15ª Subseção OABRJ, através da sua Comissão de Direitos Humanos, e também da Comissão de Direitos Humanos da Seccional, manifestam repúdio à ofensa racista direcionada a duas jovens que desejavam utilizar o banheiro de um quiosque na Praia do Pecado, em Macaé/RJ, e foram impedidas pelo dono do quiosque que proferiu, gratuitamente, as seguintes frases racistas: "neguinha vai embora que vocês não são daqui! Volta pro lugar de vocês! Nunca vi vocês aqui!". O triste episódio ocorreu no último final de semana (16/10).
O que deve nos preocupar, constantemente, é o silêncio dos bons! Parafraseando o ativista político Martin Luther King, esclarecemos que não há espaço para silêncio diante de tamanha atrocidade.
Não se pode aceitar que quem pratica racismo o faz de forma inconsciente, sobretudo, por ser um comportamento socialmente reprovável, de caráter amplo contra todo o coletivo negro, pois a atribuição da palavra “neguinha” aos negros é praxe histórica dos ataques racistas. Não se pode mais aceitar que o racismo seja algo corriqueiro em nossa sociedade atual.
É inaceitável que fato como este ainda ocorra em nossa sociedade, apesar de toda a luta travada pelos movimentos sociais e pelas instituições para o combate ao racismo. De modo que é inadmissível qualquer postura intolerante, discriminatória e preconceituosa, e necessária se faz a tomada de providências para elucidação dos fatos e aplicação das punições cabíveis.
Enfatizamos que nosso mister é a luta contra toda e qualquer forma de violência, e reafirmamos nosso compromisso com a defesa do direito a todos e a todas, sem discriminação de raça, gênero, orientação sexual, crença religiosa e origem social.
Esperamos que medidas cabíveis sejam adotadas, com o rigor necessário e exigível em caso de ofensa racial, preservando-se o devido processo legal e amplo direito de defesa. Estaremos vigilantes e acompanhando incansavelmente a elucidação dos fatos.
Racismo não é mal-entendido. Racismo é crime!