Parceria Educacional
NOTÍCIA
Publicado em 26 de Agosto de 2021

Que o respeito e a democracia imperem nas relações humanas

A Direção da 15ª Subseção se encontra consternada e externa repúdio ao tratamento às mulheres afegãs, principalmente neste momento que o movimento religioso muçulmano Talibã retoma o poder de forma armada no Afeganistão.


A Direção da 15ª Subseção se encontra consternada e externa repúdio ao tratamento às mulheres afegãs, principalmente neste momento que o movimento religioso muçulmano Talibã retoma o poder de forma armada no Afeganistão.

A Subseccional não pode se calar, ainda mais com uma direção composta por maioria feminina e consciente de que hoje as mulheres são também maioria na atuação enquanto o exercício da Advocacia no Brasil. Lutam por respeito, empatia e ética nas relações de trabalho e social.

Expressar apoio ao protagonismo feminino é um dever de todos. Por isso tudo, somos contra a violação dos direitos das mulheres e trazemos a imagem da jovem afegã Bibi Aisha, quando sofreu mutilação no Afeganistão, e depois, com o rosto recuperado pelas ajudas humanitárias (veja um pouco de sua história a baixo).

“Que cada vez mais possamos nos unir e nos apoiar, mudar essa cultura que nos agride e nos faz mal. E para isso acontecer precisamos transformar nossos comportamentos, melhorar nossa forma de pensar, sentir e agir com as outras. Motive! Inspire! Ajude! Formamos uma rede de apoio entre mulheres”, em coro falam a presidente Dra. Ana Agleice Poncio Destefani e a presidente da Comissão OAB Mulher, Dra. Carolina Gonçalves Ramos Mattos.


A história de Bibi

Quando o rosto da jovem afegã Bibi Aisha, de 18 anos, apareceu na capa da edição da revista americana Time, em 9 de agosto, o que chamou a atenção das pessoas que em todo o mundo tiveram contato com a imagem, foi uma mutilação. O nariz de Bibi havia sido cortado à faca, assim como as duas orelhas, ocultas pelo cabelo. Ela era mais uma vítima da violência contra as mulheres no Afeganistão. Mas Aisha começou a vencer a barbárie. Ela fez sua primeira aparição pública com uma prótese de nariz, em um evento nos EUA.

Aisha conta que na família para a qual foi entregue pelo seu pai, ela dormia num estábulo até menstruar e ser desposada por um dos homens da casa. Mas sua situação não melhorou. Diz que apanhava frequentemente. Depois de uma surra especialmente brutal, ela fugiu. Teria entre 16 e 17 anos. Com a ajuda de um vizinho, ela chegou a Kandahar, uma das principais cidades do país, dominada pelo Taleban. Como ela não estava sob a guarda de nenhum homem, foi detida na rua e levada a uma prisão feminina, onde ficou por quatro meses. De alguma forma o pai conseguiu localizá-la e libertá-la. Mas, como mandam os costumes, a devolveu ao marido. Possesso com a desobediência, este mandou que os irmãos a segurassem e, pessoalmente, cortou o nariz e as orelhas de Aisha. Depois fez com que a levassem às montanhas para morrer.

Obrigadas a se casarem ainda meninas. Escravizadas, violentadas, por vezes assassinadas. Cobertas com o véu negro – o niqab – estas mulheres parecem fantasmas. Contudo, pouco a pouco, com delicadeza, coragem e determinação, elas travam uma batalha corajosa por sua emancipação. Uma revolução silenciosa está em marcha para fazer valer seus direitos e sua liberdade.