Democracia e engajamento são palavras-chave em ato por Diretas
84% dos advogados apoiam a escolha direta de seus representantes
Democracia e engajamento são palavras-chave em ato por Diretas
Fonte: redação da Tribuna do Advogado
"Não
queremos um presidente dos conselheiros federais, mas dos advogados
brasileiros". A reivindicação do presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, durante
abertura do ato pelas Diretas Já no Conselho Federal deixou clara a
intenção do movimento de inserir no processo eleitoral da Ordem os cerca
de 700 mil advogados que existem no país. A presença de presidentes de
outras seccionais entre os palestrantes do ato ajudou a reforçar o caráter
nacional da campanha, que foi lançada na manhã desta segunda-feira, dia 14, no
auditório histórico da OAB nacional, hoje auditório da Caarj.
Falando para um auditório cheio, Wadih lembrou os números apontados por
pesquisa nacional do Ibope, segundo a qual 84% dos advogados apoiam a
escolha direta de seus representantes - pelo método atual, são os
conselheiros federais eleitos pelos advogados que indicam quem está à frente da
Ordem. "Contrariando o que muitos pensavam, a maioria das opiniões favoráveis às
Diretas colhidas pela pesquisa veio, justamente, das regiões Norte e Nordeste",
afirmou Wadih, rebatendo críticas de que a escolha direta
beneficiaria, principalmente, os advogados dos estados do
Sudeste.
Para o presidente da Caarj, Felipe Santa Cruz, o momento é de unir
os advogados e buscar que a representatividade da classe esteja além de
interesses políticos. "O país está vivendo uma época de crescimento, com uma
advocacia dividida por diferenças regionais. Precisamos de uma Diretoria Federal
que olhe para todos os colegas sem distinção de interesses políticos".
Autor do Projeto de Lei 2916/11, que modifica a sistemática das eleições na
OAB, em tramitação na Câmara, o deputado federal Hugo Leal
(PSC-RJ) usou o termo democracia - palavra usada, aliás, por quase todos os
palestrantes - para justificar o empenho de seu mandato na causa.
Ele defendeu um
a urgente mobilização política para que o projeto seja
aprovado. "Temos que fazer essa mobilização o mais rápido possível para não
perdermos a oportunidade. O fortalecimento da democracia é a justificativa de
nosso mandato", disse.
Outro parlamentar a discursar, Otávio Leite, vice-líder do
PSDB na Câmara dos Deputados e advogado, propôs a organização de um ato
da advocacia para convencimento dos parlamentares da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) acerca da justeza da proposta de eleições diretas
para o Conselho Federal.
"Meu partido tem três membros na CCJ, e vou conversar com eles sobre esta
questão. Acho que devemos preservar a proposta do deputado Hugo Leal e trabalhar
para derrotar o parecer pela rejeição do relator", disse o tucano, fazendo
referência à rejeição do deputado Gabriel Guimarães (PT-MG) pelo mérito da
proposição principal. Na avaliação do vice-líder do PSDB, no
entanto, passando pela comissão e seguindo para o Senado, o projeto não
encontrará maior dificuldade para sua aprovação final.
Assim como os presidentes das seccionais de Minas Gerais e Pará - Luis
Cláudio Chaves e Jarbas Vasconcelos - e os conselheiros federais pela Bahia Luiz
Viana Queiroz e Durval Júlio Ramos Neto, o senador Lindbergh
Farias (PT-RJ) lembrou, em sua fala, as lutas
históricas da OAB pela democracia no país. Citando o movimento
pelas eleições diretas na década de 80 e a instalação da Comissão da Verdade,
Lindberg ressaltou a importância da Ordem para a sociedade civil.
"A OAB não representa só a advocacia, representa o Brasil.
Foi a OAB, com a Associação Brasileira de Imprensa que redigiu o pedido de
impeachment do presidente Collor. Faço essa analogia porque nosso país não teria
avançado sem o voto direto. E quero falar que esta luta dos advogados é
impossível de não ser ganha. É mais uma batalha pelo aperfeiçoamento da
democracia brasileira e tenho certeza de que vamos vencer", finalizou sob
aplausos.
A campanha pelas Diretas no Conselho Federal conta com um
site próprio para divulgar notícias e artigos sobre o assunto e colher
assinaturas em defesa do pleito. Foi criado, também, um espaço para a interação
com colegas, que podem mandar vídeos e mensagens de texto em apoio à
campanha.
"Não
queremos um presidente dos conselheiros federais, mas dos advogados
brasileiros". A reivindicação do presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, durante
abertura do ato pelas Diretas Já no Conselho Federal deixou clara a
intenção do movimento de inserir no processo eleitoral da Ordem os cerca
de 700 mil advogados que existem no país. A presença de presidentes de
outras seccionais entre os palestrantes do ato ajudou a reforçar o caráter
nacional da campanha, que foi lançada na manhã desta segunda-feira, dia 14, no
auditório histórico da OAB nacional, hoje auditório da Caarj.
(somente whatsapp)
