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NOTÍCIA
Publicado em 30 de Novembro de -1

Para conselheiro da OAB/Niterói, falta lei contra hackers

O grupo de cyberativistas Anonymous teria voltado a atacar nesta quinta-feira.


Para conselheiro da OAB/Niterói, falta lei contra hackers

Fonte: O Fluminense
O grupo de cyberativistas Anonymous teria voltado a atacar nesta quinta-feira. O alvo foram os sites do HSBC, nacional e internacional. Na quarta, o ataque teria sido o site do Banco do Brasil, que apresentou lentidão durante boa parte do dia. O banco nega o ataque, atribuindo a lentidão ao grande número de acessos. Na véspera, os ataques teriam tirado do ar o site do Bradesco, que também nega a invasão por hackers.

O Anonymous promete continuar hoje com os ataques, disse por e-mail um integrante do grupo a O Fluminense, acrescentando que o objetivo é chamar a atenção para a corrupção no país.

Em seu perfil no Twitter, o Anonymous divulgou um vídeo em que sinalizaria que a Caixa Econômica Federal e o Santander seriam os próximos alvos. Os dois bancos informaram que estão alertas e que aumentaram as ações de defesa de seus sistemas.

O conselheiro da OAB/Niteroí Ennio Figueiredo Junior, especialista em Direito Penal e Processual Penal, explica que por causa da falta de legislação específica para os crimes da internet, a ação dos cyberativistas de retirar os sites do ar deve ser interpretada pelo Artigo 266 do Código Penal Brasileiro: “Interrupção ou Perturbação de Serviço Telegráfico, Telefônico ou Radiotelegráfico” -, delito que pode render detenção de um a três anos e multa.

O advogado explica que nesses casos de sites fora do ar, não cabe recurso ao Judiciário, pois as operações bancárias via internet são apenas uma das formas disponíveis de se executar transações bancárias. Mas o especialista alerta que qualquer desconfiança na movimentação bancária deve ser reportada à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). “Essa ação é classificada como furto qualificado”, explica.

O grupo Anonymous, no entanto, nega que isso possa acontecer: “As informações estão 100% seguras. O nosso objetivo não é roubo de informações, não trabalhamos dessa forma”, afirma o representante do grupo.